quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Yo La Tengo - Fade (2013)


A pouco menos de um mês para a edição oficial de "Fade", o IndiePendente recebeu uma excelente prenda de natal antecipada. "Fade" já toca por cá para gáudio dos meus sentidos. Numa primeira análise pouco analítica é certo e ainda na ressaca das primeiras audições, posso afirmar que "Fade", é, e para variar, fabuloso! Todo o universo Yo La Tengo regressa, após três anos de hiato que se seguiu a "Popular Songs", toda a panóplia sonora tão característica, o arrastar das notas, os vocais juvenis e melancólicos, a beleza arrepiante, crua e simplista da banda regressa em força. Contudo, há uma característica em "Fade" que se torna óbvia. A nova entrega é provavelmente a mais sóbria dos últimos anos, onde o experimentalismo perde algum terreno. À primeira vista "Fade" remete-nos para o clássico "Summer Sun" (2003), e para as suas composições primaveris, como se o sol estivesse a espreitar timidamente em cada faixa.
Em resumo, são dez novas faixas, dez novos motivos de alegria, e dez novos motivos para acreditar que 2013 começa da melhor maneira.
Yo La Tengo actualmente são o símbolo maior do indie, os sucessores naturais de Sonic Youth, e estão mais vivos do que nunca. Saúda-se o regresso desta, que para este cantinho, é indubitavelmente a melhor banda actual.



Para saber mais

 www.yolatengo.com

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Dazkarieh - Eterno Retorno (2012)



   
No post anterior falava de A Naifa. Agora proponho-me em breves linhas, a revisitar uma vez mais, Dazkarieh e o seu novíssimo "Eterno Retorno". A primeira ideia que se me ocorre, é o imediato paralelismo que estabeleço entre estas duas talentosas bandas nacionais, pelo simples, e triste, facto de serem constantemente esquecidos, de certa forma colocados de lado, pelo esmagadora maioria dos nossos media (com excepção claro está da antena1 e 3, e por isso um bem hajam). Pois bem, esquecidos ou não, quem perde é o grande público, e os próprios media que se dedicam de alguma forma à musica, que vêm as suas temáticas e horas repletas de porcaria.
Regressando a Dazkarieh, a notícia é que regressaram este ano com "Eterno Retorno", o sexto trabalho de estúdio que sucede a "Ruídos do Silêncio" (2011), eterno retorno que tende para o universo de Nietzsche, com os ciclos e os momentos que se repetem pelo infinito. Musicalmente, Dazkarieh vivem o seu próprio eterno retorno (e ainda bem), que vivem da fusão do rock, e do folk, do tradicional, e do progressivo.
Uma obra obrigatória.




Para saber mais

www.dazkarieh.com

A Naifa - Não Se Deitam Comigo Corações Obedientes (2012)


 
Quatro anos após "3 Minutos Antes da Maré Encher" e três anos após a perda irreparável de João Aguarela, A Naifa regressou este ano com "Não Se Deitam Comigo Corações Obedientes", e com ele todo o universo tão próprio, que nos rasga o espírito em mil pedaços de assombro e fascínio. Uma experiência única e absolutamente obrigatório.



Para saber mais 

www.anaifa.com

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

IndiePendente TOP20 2012: 10º-1º











































 







quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

IndiePendente TOP 20 2012 : 20º-11º

Mais uma etapa completa, mais um ano que caminha a passos largos para o final. Tempo de reflectir sobre o melhor, e claro, o pior que deu de si.
A nivel redutório, o ano musical, será sempre alvo de diversas abordagens subjectivas. E as listas dos "melhores" ja se sucedem. A nível pessoal, acho de uma certa arrogãncia referir-se a uma lista como sendo uma lista dos melhores. Preferirei refirerir-me a minha com uma lista dos preferidos. E assim sendo aqui ficam os últimos 10 nomes dos 20 preferidos do IndiePendente.
























































quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Man Without Country - Foe (2012)



Nos dias que correm, muitos sentimos-nos deslocados, e maltratados pelos países que nos viram nascer. Por isso Man Without Country é um nome extremamente sugestivo, e produz uma duvida instantânea sobre o seu real significado. Um sentimento de não pertença, de liberdade. Contudo o duo que forma Man Without Country, tal como todos, possuem uma nacionalidade, e a ela estarão presos indefinidamente, com todos os prós e os contras que dai advenha., irreversivelmente, insipidamente, e irremediavelmente. A deles é galesa, a minha, e a vossa uma outra qualquer. Nos dias que correm já pouco importa.
Nacionalidades à parte, a musica deverá sempre assumir o tatal protagonismo. E isso acontece com "Foe", que mais que um album global nas influências, percorre e atravessa fronteiras do convencional em bandas semelhantes. Sem uma reflecção cuidada, diria que estão no limbo entre Sigur Rós, e M83. O facto, é que "Foe" impressiona de sobremaneira, pela densidade de sentimentos, pela complexidade e dureza das letras. O equilibrio enter o negro, e o belo é aqui atingindo de uma forma brilhante. "Foe" é sem duvida uma das melhores obras de 2012. Man Without Country estão certamente destinados a outros voos.




Para saber mais 

manwithoutcountry.com

Crystal Castles - III (2012)



Para quem acompanha a banda desde a sua génese, este terceiro album de originais será certamente uma boa oportunidade de debate. Eu próprio ainda me debato internamente sobre este "III". As mudanças são obvias, e o facto é que aquela ponta de originalidade, de diferença, de irreverência, esmoreceu abrupta e repentinamente neste novo album. Amadurecimento?Talvez. Esperemos sim que não seja uma resposta mais convencional (para não dizer comercial) ao facto de em pouco tempo terem conquistado um público vasto e numeroso. Pessoalmente, sinto-me um pouco desiludido com esta evolução e este apurar da técnica, se isso mesmo for. Contudo a opinião pessoal será sempre subjectiva, e como tal, após a audição cada um deverá formar o seu próprio juízo.




Para saber mais 

www.crystalcastles.com

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

The Never Years - Life of Dreams (2011)


Editado no final do ano de 2011, acompanhou-me grande parte de 2012, e como tal achei por bem fazer menção a este genial "Life in Dreams". Jamie Long, que é o mesmo que dizer The Never Years, apresenta-nos uma sonoridade refrescante, algures entre o dream pop e o shoegaze. O alinhamento segue sempre seguro, com grande predominancia para os intrumentais flutuantes. O album encerra brilhantemente com a remistura de "Years" por parte dos The Sound of Arrows o que atesta em muito a qualidade deste "Life in Dreams". Resta esperar por novidades, que se esperam para breve.

"Life of Dreams" pode ser escutado na íntegra aqui.




Para saber mais 

http://the-never-years.bandcamp.com/

Young Magic - Melt (2012)



Continuando a procurar todos aqueles albuns que me foram acompanhando durante este 2012, vou me deparando cada vez com mais nomes, e excelentes propostas que ficaram por falar aqui. O facto é que este blog, não pretende ser um blog de actualização musical diária ou semanal ou o que o valha, mas é sim, antes que tudo, um blog pessoal, onde apenas partilho alguma da musica que me chega aos ouvidos, e que considero ser importante divulgar.
Um desses casos é Young Magic, com o seu disco estreia "Melt" editado na primeira metade do ano. "Melt" é uma mistura e fusão de géneros, influências musicais e culturais, que são transportadas para a musica do trio, que parece querer aproximar-se do universo de uns Ruby Suns. No fim a experiência é recompensada, embora se identifique uma perda de intensidade pontual no alinhamento, no geral "Melt" é uma excelente proposta.




 Para saber mais 

http://youngmagic.bandcamp.com/ 

youngmagicsounds.com

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Gobi Bear - Mais Grande (2012) Ep


"Mais Grande", pretende isso mesmo. O português poderá não ser o mais correcto, mas a mensagem é clara. Evolução e crescimento de um multifacetado musico nacional de apenas 21 anos. Após as edições de Demo Ep (2011) e EP LP (2012) surge agora oterceiro conjunto de musicas de originais deste projecto one-man band. O cantautor nacional regressa no mesmo registo, onde apesar da evolução nas composições bem patente, estas continuam a apaixonar pela sua simplicidade e candura.
Gobi Bear é talento puro, e infelizmente mais um nome que insistentemente se mantém ainda longe dos grandes holofotes dedicados à nova musica nacional, que por vezes muito me espanta, mas que em já nada me surpreende.
Para escutar "Man Like Clouds" de Demo Ep  e Summertime de "Mais Grande"

"Mais Grande" pode ser escutado na íntegra aqui.

 
Para saber mais

http://gobibear.bandcamp.com

Birds Are Indie - How Music Fits Our Silence (2012)

 
Num momento que nos aproximamos a largos passos para o final de mais um ano, é chegado o momento de, rever tudo aquilo que fomos escutando durante todos estes dias, e que de uma maneira ou de outra fizeram de 2012 um ano especial, diferente e memorável, independentemente das razões e contextos em que ele tenha decorrido.
Assim, antes de abrirmos portas ao novo ano, cheguei à (fácil e imediata) conclusão de que ainda muito havia, haveria e haverá para escrever por aqui. Contudo em primeiro lugar, pretendo fazer breves resumos daquilo que melhor se fez entre portas.
Birds are Indie, a dupla mais simpática da indie nacional, enquadra-se perfeitamente neste objectivo. Ele, e Ela são de Coimbra, e desde o inicio que conquistaram um especial carinho do IndiePendente, pela sua sonoridade e simplicidade musical. Tive já o prazer de em uma situação os conhecer, e o facto é que a beleza das composições extrapola para a relação interpessoal. Num momento em que editam "one two tree four", um Ep que pretende recolher sensações de um ano a tocar "How Music Fits Our Silence", é chegado o momento de dar o devido reconhecimento a esse LP, que é um portento do indie folk, e que há muito mereceia espaço.
Doce e simples. Birs Are Indie são sem margem de duvida um dos mais simpáticos projectos nacionais, e "How Music Fits Our Silence", é sem duvida obrigatório e um dos melhores albuns do ano.

Podem ouvir todo o album aqui.



Para saber mais

 birdsareindie.blogspot.com 

 birdsareindie.bandcamp.com
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