sexta-feira, 16 de maio de 2014

OPS 2014

Já com a Primavera bem avançada, caminhamos a passos largos para o festival que tão bem adoptou esse nome. Estamos a vinte dias do arranque do Optimus Primavera Sound, e por aqui já estão mais que defenidos os nomes que não vão passar em branco!
Boas musicas e bom fim de semana para todos.

Mogwai
A estrearem o novo Rave Tapes, Mogwai promete ser um dos momentos altos do OPS. Após o brilhante concerto de 2011 já taradava o regresso a terras lusas.



Jagwar Ma
Trazem na bagagem Howlin, e toda a irreverência das novas tendências do psicadelismo australiano. Passaram em Paredes no ano passado como promessa, regressam este ano como certeza.



Darkside
Nicolas Jaar e Dave Harrington oferecem-nos as sua visão escura da música com retoques sintécticos e misteriosos.



Goodspeed You! Black Emperor
Autêntica orquestra em palco, os canadianos regressam após demasiados anos no anonimato, para um concerto que promete ser memorável.



Midlake
Regressam após passagem discreta em Paredes de Coura. Na altura com o pouco concensual "The Courage Of Others", este ano com o acréscimo do bem melhor recebido "Antiphon".



Pixies
Dispensam apresentações. Regressaram este ano à musica com o fantástico "Indie Cindy" após 23! anos de silêncio.


John Grant
Autor imprescíndivel e clássico moderno. Deixou melhores impressões por aqui com o album de estreia "Queen Of Denmark" do que popriamente com o sucessor "Pale Green Ghosts".



Neutral Milk Hotel
Outros que dispensam apresentações! Imperdível e oportunidade única de ver reunida um marco do indie-rock norte americano dos noventa.



Trentemøller
Talento inegável do produtor dinamarquês. Traz na bagagem o novo album Lost.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Birds Are Indie - Love is Not Enough (2014)




Há já muito que pretendia escrever sobre Love is Not Enough, editado em Janeiro, mas essa pretenção vinha sendo adiada pelas mais variadas razões.
Birds Are Indie são um rapaz e uma rapariga, Joana e Jerónimo, um casal apaixonado de coimbra, a que mais tarde se juntou um amigo, Henrique. Juntos cantam músicas sarapintadas do folk mais suave e simpático que se pode escutar, dócil e delicado e despretencioso.
A fazerem música desde 2010, "Love is Not Enough" denota uma real evolução da musica do trio, com composições bem mais cuidadas e mais intrumentalizadas. Globalmente o projecto e este novo album não foge à regra, é algo rudimentar, e desvirtuozo, o que só lhes dá mais magia à honestidade com que nos é apresentada a cada tema. Os vocais enquadram-se na musicalidade na perfeição, com a voz mais varoníl de Jerónimo, muito a lembrar um Leonard Cohen, a rivalizar com o timbre delicado de Joana.
No fim cada nova musica dos Birds Are Indie enche a medida dos nossos corações com a sua honestidade e simplicidade. Uma excelente proposta.
Podem ouvir todo o album aqui.



Para saber mais 

http://birdsareindie.bandcamp.com

birdsareindie.blogspot.com

http://indiegalia.blogspot.pt/2012/12/birds-are-indie-how-music-fits-our.html

terça-feira, 13 de maio de 2014

First Breath After Coma - The Misadventures of Anthony Knivet (2013)



Voltando as atenções para o que de mais interessante se tem feito nos últimos meses na musica portuguesa, há um nome que merece desde logo uma atenção especial.
First Breath After Coma, remete-nos desde logo para a maravilhosa canção dos Explosions in The Sky, e deixa logo uma curiosidade se existirá aqui algum tipo de coincidência, ou pelo contrário se se trata de um paralelismo intencional. Bom, essas dúvidas logo se dissipam com o inicio da escuta de "The Misadventures of Anthony Knivet". A convergência musical, e as semelhanças e influências da musica dos Explosions in The Sky nestes leirienses são mais do que óbvias.
The Misadventures of Anthony Knivet, álbum livremente inspirado na história de um corsário inglês do século XVI do título, que foi capturado e feito escravo pelos portugueses, fugiu e acabou a viver com uma tribo no brasil e que passaria ainda por África antes de voltar a Inglaterra para escrever as suas memórias, pode ser escutado na íntegra aqui.
O alinhamento do album segue sempre seguro e dentro do universo post-rock mas tentando fundi-lo com uma pop intimista muito ao estilo de sigur rós. A maturidade numa banda tão jovem surpreende, faltando-lhe apenas ainda consolidar a promessa que hoje são, para entrarem na memória colectiva da musica nacional.
Para já, são dos nomes mais refrescantes e interessantes da nova música portuguesa, e uma excelente proposta.



Para saber mais

http://omnichordrecords.com/pt/artistas-2/first-breath-after-coma-2/

http://fbac.bandcamp.com/album/the-misadventures-of-anthony-knivet

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Wild Beasts - Present Tense (2014)


 
2014 será inevitávelmente marcado também pelo regresso aos albuns dos Wild Beasts, com Present Tense,  que sucede a Smother (2011).
Wild Beasts, ao longo dos últimos anos, foram com todo o mérito, consolidando uma carreira que foi crescendo gradualmente assim como a maturidade sonora da banda.  A cada novo disco, a banda parece acrescentar elementos novos e cada vez mais complexos às suas composições, o que só demonstra o génio destes britânicos, evitando assim com maestria, que esta fórmula tão particular e tão pessoal, se esgote ou esfume por entre repetições.
Em Present Tense, as músicas tornam-se mais profundas, mais pesadas no bom sentido, contribuindo muito para tal o maior uso de sintetizadores. O resultado final continua entre o épico e o grandioso. Para perceber isto basta começar a escuta do album, que abre logo com Wanderlust, uma faixa estonteante que nos obriga a continuar, e a aceitar este Present Tense como um dos grandes albuns do ano.





Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/07/wild-beasts-smother-2011.html

wild-beasts.co.uk

sexta-feira, 9 de maio de 2014

The Hidden Cameras - Age (2014)


 
Contam já treze anos de carreira, mas há cinco que estavam calados. 2014 marca o regresso dos canadianos The Hidden Cameras, com Age.
The Hidden Cameras emergiram há muito na cena indie canadiana, onde despontariam também nomes como Arcade Fire, ou Broken Social Scene. A banda era auto denominada como seguidora do "gay church folk music" seja lá isso o que for, mas que deixa desde logo antever uma certa imagem provocatória, que sempre se fez sentir, mas agora com Age, algo mais ponderada. A musica de Hidden Cameras sempre assumiu uma costela activista LGBT com uma alma folk que se entrega depois a arranjos mais exuberantes. Essa tendência observa-se também em Age, mas agora aberto a novos horizontes, não só na temática que é expandida, como também na sonoridade, com uma aproximação óbvia às electrónicas, transformando-se em algo próximo de uma pop clássica contemporânea.
Da escuta atenta do alinhamento podemos concluir que esta mudança ainda não está completamente arrumada. Se Age começa impressionante como "Doom" e "Gay Goth Scene", este perde algum fulgor na medida que caminhamos para as faixas finais. Contudo o caminho a seguir parece claro e deixa antever ainda muitos anos de qualidade certa por parte destes canadianos.




Para saber mais

thehiddencameras.com

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cloud Cult - Unplug (2014)



A verdade é que nunca fui grande admirador de albuns ao vivo. Para mim, musica ao vivo, deve ser isso mesmo, e experimentada ao vivo, enquanto que musica em casa deve ser primordialmente música de estúdio. Contudo, e como em tudo, há sempre as excepções para confirmar as regras.
Este Unplug, que reúne alguns dos grandes êxitos dos norte-americanos Cloud Cult, que fazem música há uns respeitáveis vinte anos, além de ser gravado ao vivo, e composto totalmente por versões acústicas, é defenitivamente a regra que confirma a excepção como referia em cima.
Unplug é maravilhoso, uma obra prima, e seguramente das melhores coisas que tenho ouvido nos últimos anos. Tem ocupado os meus ouvidos incessantemente pelas últimas semanas, aplicando-se a diversos contextos.
A selecção das músicas não terá sido ao acaso, pois todas elas possuem em comum um denominador, que é a mensagem que a banda sempre tentou transmitir: uma mensagem filosófica, de auto ajuda e auto motivação, qualquer coisa do género de uma ferramenta de construção e evolução para uma alma mais bela. A luta por manter a cabeça à tona, mas ao mesmo tempo a satisfação de continuar dentro de água a nadar. Cantam a vida tal como ela é, complicada na sua bela simplicidade.
As musicas torna-se neste Unplug, mais harmoniosas, mais profundas, sente-se o contrabaixo, o violino, a guitarra, do banjo, enfim sente-se o folk, sente-se a falta da bateria, mas não do ritmo. Sente-se falta de mais quando chega ao fim, fica a dúvida de como ficaria aquela outra música em versão acústica, pergunta-se o porque de não ter sido incluida, sente-se falta de ouvir outra vez aquela que ficou no ouvido. E repete-se uma e outra vez, porque Unplug é uma obra prima, e sem dúvida uma das pérolas de 2014.
Obrigatório.




Para saber mais

http://indiegalia.blogspot.pt/2013/02/cloud-cult-love-2013.html

www.cloudcult.com

terça-feira, 6 de maio de 2014

FM Belfast - Brighter Days (2014)


Regresso dos islandeses FM Belfast, com "Brighter Days", o terceiro álbum de originais da banda, e regresso da alegria sonora vinda de latitudes tão a norte.
FM Belfast, são hoje em dia, uma das bandas que melhor interpreta o pop-electrónico despreocupado e honesto. Enquanto lia noticias relacionadas com a banda, deparei-me com a melhor definição para a musica da banda. Segundo Andri Snaer Magnasson (três vezes vencedor do prémio literário islandês), este tem de assistir a um concerto dos FM Belfast pelo menos a cada seis meses, de acordo com uma recomendação médica! Seguramente a música dos FM Belfast será um prescrição acertada, para o tratamento quer de doenças do foro psicológico, como sejam depressões, quer físicas, pois será certamente uma aplicação melhor que qualquer fisioterapia, ou pelo menos bem mais animada.
Por outro lado, FM Belfast, será dentro do género e dada a qualidade que lhes assiste, uma das bandas mais subvalorizadas e desconhecidas da maioria, infelizmente. Contudo a banda luta pela sobrevivência, e este Brighter Days é disso mesmo prova, e que no fim só nos pode colocar um sorriso na boca, e aliviar o peso dos dias cinzentos que se sucedem, e que se tornam mais brilhantes com a audição deste album.
Obrigatório.



Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/06/fm-belfast-dontt-want-to-sleep-2011.html

fmbelfast.com

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Architecture In Helsinki - NOW + 4EVA (2014)



Não é segredo que estes australianos são uma das bandas mais queridas por estas bandas. Ao longo dos anos, Architecture in Helsinki tem gradualmente perdido elementos, que outrora lotavam por completo o palco, com uma panóplia inusual de insrumentos, e consequentemente, ou não, o fulgor extravagante e despreocupado, e por vezes até esquizofrénico de outrora, foi-se desvanecendo de igual modo.
Esta tendência já foi sentida em Moment Bends (2011), e agora ainda mais em NOW + 4EVA, onde as composições da banda seguem por caminhos bem mais seguros e convencionais. Cada faixa da nova entrega da banda, pauta-se por uma maturidade agora mais evidente, e uma parcimónia evidente e claramente intencional.
Muitos têm insistido em fazer comparações com a emancipação dos Metronomy pós- "The English Riviera", mas perdoem-me a arrogância, a comparação é feita em sentido errado, uma vez que estes campos há muito são visitados pelos Architecture in Helsinki, ainda que agora com mais preponderância é certo.
Sem pretenções ou presunções em demasia, NOW + 4EVA marca mais um capitulo brilhante na já segura carreira dos australianos, para ouvir com sentimento livre e optimista.
Obrigatório



Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/04/architecture-in-helsinki-moment-bends.html

http://www.architectureinhelsinki.com/
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...