Andrew Hung e Benjamin Power regressam após quatro anos de silêncio com Slow Focus, pondo fim a uma espera que já se fazia eterna. Fuck Buttons estão de volta após os brilhantes "Street Horrsing" (2008) e "Tarot Sport" (2009), e é deles a grande influencia na minha banda sonora este último verão.
A primeira impressão que deixa este Slow Focus, é que há claramente uma evolução, e um corte com o passado mais excêntrico e pouco conceptual do duo. O facto é que o ruído de Street Horrsing desvaneceu-se assim como as desconstruções de Tarot Sport. Slow Focus é certamente mais convencional, como se de uma solução para a experimentação passada se tratasse. O alinhamento encontra a lógica desta vez, e a construção das musicas é sem dúvida melhor resolvida. Não melhor ou pior, apenas diferente.
A experimentação é constante e altamente expressiva, na forma magistral como tornam rock progressivo em electrónica e vice-versa. Límpido e épico, as faixas sucedem.se numa lógica imediata, que nos arrebata para um história que parece querer contar e que se materializa na nossa mente. Não deixará ninguém indiferente certamente, com as suas faixas longas mas progressivamente velozes e mais velozes a medida que contador de segundos avança. As camadas sucedem-se ao ritmo certo.
Extrovertido ou introvertido, pouco importa, adequa-se ao estado de espírito presente, pois o espaço-tempo tão particular que cria, é de tal forma vasto, que basta a nossa imaginação acompanhar o crescendo emocional do álbum, para a viagem se tornar inesquecivel uma e outra vez.
Obrigatório.
Para saber mais
fuckbuttons.com
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