Um dos, senão o melhor compositor neo-clássico da actualidade, no final do ano passado informou que iria abandonar a Erased Tapes (discográfica que representa Peter Broederick, Nils Frahm entre outros) onde fez toda a sua carreira desde que despontou em 2007, e assinar pela Mercury Classics. Ora esta mudança anunciada para um selo mais comercial e menos maneável criou uma natural preocupação que a musica de Ólafur pudesse de algum modo sofrer com algumas imposições de carácter exclusivamente comercial.
A mudança é certo que ocorreu, e é notória. Contudo não foi, como não teria de ser necessáriamente negativa. As grandes alterações no universo musical de Ólafur foram essencialmente duas. Desde logo a inclusão pela primeira vez de vocais em algumas musicas, contando para isso com a esplêndida e assombrosa colaboração de Arnor Dan. A segunda prende-se com a perda de importância do piano na maioria das composições para dar maior destaque ao violino.
No final, fica-se com a sensação que a decisão de Ólafur foi acertada. A evolução terá sido no sentido certo, a musica continua a transportar uma carga sentimental como sempre nos habituou, continua a fazer-nos sonhar, viajar, e sorrir em paisagens e mundos que de outra maneira a nossa mente não conseguiria materializar.
Obrigatório.
Para saber mais
olafurarnalds.com/
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